Autoridades confirmam: Encontrada uma das caixas negras do avião na Índia

As autoridades indianas anunciaram ter recuperado hoje uma das "caixas negras" do avião da Air India que se despenhou na quinta-feira na cidade de Ahmedabad, causando mais de 260 mortos.

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© Getty Images

Lusa
13/06/2025 16:06 ‧ ontem por Lusa

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Índia

O Gravador Digital de Dados de Voo (DFDR) foi encontrado no telhado da residência universitária de uma faculdade de medicina atingida pela aeronave, um Boeing 787 Dreamliner que caiu minutos depois da descolagem do aeroporto internacional da cidade, no noroeste do país, com destino a Londres Gatwick.

 

O acidente provocou a morte dos 241 ageiros e tripulantes a bordo e de várias pessoas em terra, incluindo quatro estudantes de medicina.

Dezenas de estudantes ficaram feridos, incluindo quatro em estado crítico, disseram fontes hospitalares.

Apenas um ageiro sobreviveu. Viswashkumar Ramesh, cidadão britânico de origem indiana, com 40 anos, que ocupava um lugar junto a uma saída de emergência. O sobrevivente disse à televisão pública indiana que o avião teve dificuldades logo após a descolagem e embateu num edifício antes de explodir, tendo conseguido escapar depois de uma porta se ter soltado com o impacto.

O Gabinete de Investigação de Acidentes de Aviação da Índia (AAIB) está a conduzir a investigação, com o apoio de especialistas norte-americanos do National Transportation Safety Board (NTSB), da Federal Aviation istration (FAA), da Boeing e da General Electric.

As equipas continuam a procurar a segunda "caixa negra", o gravador de voz da cabine (CVR), que pode esclarecer as comunicações entre os pilotos durante os momentos finais do voo.

Foi também recuperado um gravador de vídeo digital (DVR), que poderá fornecer contexto visual adicional à investigação.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, natural do estado onde ocorreu a tragédia, visitou o local do acidente e deslocou-se ao hospital onde se encontra internado o único sobrevivente.

"Estamos todos devastados com esta tragédia aérea. A perda de tantas vidas de forma tão repentina e dolorosa é indescritível", escreveu Modi nas redes sociais.

Este foi o primeiro acidente mortal envolvendo um Boeing 787 Dreamliner em 16 anos de operação. A Air India, atualmente controlada pelo grupo privado Tata Sons, tem vindo a renovar a frota e a integrar outras companhias aéreas desde a privatização em 2022.

Entretanto, um voo da Air India com origem em Phuket, na Tailândia, foi forçado a regressar ao aeroporto pouco após a descolagem, devido a uma ameaça de bomba encontrada numa das casas de banho.

As autoridades realizaram uma inspeção completa à aeronave e não encontraram qualquer material suspeito. O voo foi retomado horas depois, com a exceção de um ageiro que recusou continuar a viagem.

O voo AI171 da Air India, que partiu a 12 de junho de Ahmedabad para Londres Gatwick com 242 pessoas a bordo, despenhou-se após a descolagem.

A queda do Boeing 787 causou 268 mortos, 27 dos quais nos edifícios em que embateu antes de se incendiar.

O avião transportava 230 ageiros, sete portugueses, 169 indianos, 53 britânicos e um canadiano, e 12 tripulantes.

Leia Também: Índia. Modi encontra-se com o único sobrevivente de queda de avião

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